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E-commerce d.c. e as lições em meio à crise do coronavírus

E-commerce d.c. e as lições em meio à crise do coronavírus
Tempo de leitura: 6 minutos

Não restam dúvidas de que a pandemia do novo coronavírus está sendo um divisor de águas na história recente. Além da ameaça imediata à saúde da população mundial, há também as repercussões sociais, econômicas, políticas, ideológicas e culturais da doença.

Desde o primeiro caso confirmado no Brasil, no final de fevereiro, o mercado nacional deu sinais de alerta. Os efeitos do isolamento foram sentidos principalmente a partir da segunda quinzena de março.

Ao fim do primeiro semestre de 2020, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico estimou que a economia brasileira recuará 7,4% este ano. Ainda de acordo com a OCDE, a queda pode chegar a 9,1%, caso uma segunda onda de contaminação se confirme. As previsões do Banco Central foram um pouco mais otimistas no mês de julho, apontando para uma redução de 6,1%.

Em nosso primeiro artigo sobre o impacto do COVID-19 no e-commerce, publicado em março, alertamos sobre a importância da adaptação do varejo para sobreviver à crise. No texto a seguir, compartilhamos algumas observações a respeito do e-commerce d.c. (depois do coronavírus), com dicas pontuais para empreendedores e lojistas. Confira!

Reflexos na economia

Primeiramente, é importante destacar que a intensidade do impacto econômico decorrente do novo coronavírus deve variar bastante entre os segmentos. Conforme o índice MCC-ENET:

  • Aviação, turismo, bares e restaurantes, shoppings e lojas físicas de vestuário foram extremamente afetados pelas regras de isolamento social;
  • Supermercados, farmácias, serviços públicos, de telecomunicações e de energia se enquadram na categoria de serviços essenciais e, por esta razão, estão se mantendo;
  • Os ramos da construção, veículos e indústrias foram prejudicados, mas dependem também da confiança do consumidor, renda e demanda;
  • Classificado como um subsetor, o e-commerce aparece na contramão da crise, com um desempenho positivo.

Para os especialistas, o crescimento das vendas on-line é reflexo de uma mudança nos hábitos de consumo. A restrição de acesso aos espaços públicos incentiva a busca pelo comércio eletrônico. Ao mesmo tempo, experiências bem-sucedidas tendem a estimular a fidelização de clientes.

Números divulgados no final de junho, referentes ao mês de maio, revelaram um aumento de 137,35% nas vendas on-line no Brasil, em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Os números comprovam que tivemos uma grande mudança no comportamento dos consumidores, com migração de compras para o comércio eletrônico. Algumas das tendências que aconteceriam apenas daqui alguns anos foram antecipadas para o momento presente como, por exemplo, o forte crescimento das vendas de categorias de bens não-duráveis, saúde e até mesmo, produtos perecíveis”

André Dias, diretor executivo do Compre & Confie.

Aprendizado em meio à crise

1. Do físico ao digital

A necessidade de estar presente no mundo virtual é certamente uma das lições que os lojistas brasileiros jamais esquecerão. Algumas categorias chamadas de “último ciclo” — aquelas que teoricamente seriam as últimas a fazerem a transição — tiveram sua “estreia” no e-commerce antecipada. Como consequência, estas colheram bons frutos nos primeiros meses da pandemia.

Supermercados, farmácias e outras lojas que incluem a terceira idade em seu público-alvo tiveram um bom desempenho nas vendas durante o isolamento.

Mas o sucesso nas vendas não é exclusividade dos negócios estreantes. Grandes empresas que já apostavam no e-commerce viram o faturamento crescer e aproveitaram para lançar novos produtos. Em entrevista à Pequenas Empesas & Grandes Negócios, a gerente de e-commerce do Magazine Luiza destacou que, em janeiro, “o e-commerce representava entre 4% e 5% das transações do varejo. Durante a pandemia, cresceu para entre 10% e 11%”.

Diante deste cenário, a gigante do varejo antecipou o lançamento do Parceiro Magalu, uma plataforma destinada a pequenos empreendedores que já conta com 40 mil lojas cadastradas. Através dela, os lojistas podem oferecer seus produtos em um canal seguro e confiável.

“Várias lojas pelo Brasil nem sequer usam máquina de cartão de crédito. Precisamos dar esse ‘passo para trás’ para que essas empresas deem o passo inicial adiante”

— Mariana Castriota, gerente de e-commerce do Magazine Luiza.

2. Olhar global

Mais do que nunca, o momento exige que os empresários tenham uma visão ampla do seu negócio. Isto inclui investir no planejamento e revisão de todas as suas operações no e-commerce. Desta forma, é possível traçar metas, definir com mais clareza as estratégias a serem tomadas e estabelecer planos de contingência. Algumas dicas importantes:

  • Se antes era preciso uma equipe maior nas lojas físicas, agora a opção pode ser realocar mão de obra para os canais digitais;
  • Também é preciso redobrar os cuidados com a logística, observando se o transporte dos produtos sofreu algum impacto nesse período, se os clientes estão recebendo os itens no tempo certo, e ainda se o serviço pode ser melhorado;
  • Outro aspecto muito importante é garantir que todos os produtos oferecidos na loja virtual estejam realmente disponíveis para a compra. Assim, evita-se a frustração do cliente e a desistência da compra;
  • Mantenha as imagens e as informações do produto sempre atualizadas, fiéis ao item e fáceis de serem vistas. Além de comprar rápido e fácil, as pessoas querem saber exatamente o que estão comprando. Por isso, se faltar informação e a foto for antiga, é bem provável que o consumidor não sinta confiança e procure o produto no concorrente;
  • O preço precisa estar dentro do praticado pelo mercado. Com acesso à informação e maior possibilidade de canais de compra, o consumidor sempre vai optar pelo melhor custo-benefício. Portanto, não é o momento de exagerar.

3. Oportunidade para novos negócios

Pessoas que não compravam pela internet passaram a comprar; produtos que até então não eram considerados tão relevantes ganharam o status de “fundamentais” para a vida em casa.

Com muitos profissionais em home office, a venda de cadeiras e mesas para escritório aumentou. Da mesma forma, as buscas por alimentos saudáveis e nutritivos, itens para hortas de apartamento, televisores, livros e cursos on-line também registraram crescimento.

Tendo isso em vista, a hora de criar novos negócios pode ser agora. Venda de doces, produtos artesanais / personalizados e aulas on-line são algumas alternativas para quem deseja empreender. E se você já tem um negócio, este pode ser um bom momento para revisar o posicionamento da loja e analisar o mix de produtos sob uma outra ótica.

Invista na criatividade para receber o público recém-chegado ao mundo virtual, mas não esqueça de organizar suas ideias com um bom planejamento e controle dos resultados!

Considerações Finais

Mudanças significativas costumam gerar medo e insegurança, especialmente em um contexto tão incerto como a pandemia do novo coronavírus. Por outro lado, a capacidade de reinvenção é uma característica do ser humano, a qual se torna ainda mais evidente em meio à crise.

Já dizia a máxima (erroneamente atribuída a Darwin): as espécies que sobrevivem são as mais adaptáveis. Isso certamente vale para as empresas, que precisam encontrar um novo caminho para prosperar no mundo pós-COVID-19.

Embora ainda seja muito cedo para estabelecermos um “novo normal”, nossa dica mais importante é que você aproveite o momento de instabilidade para adquirir conhecimentos, repensar suas estratégias e, acima de tudo, continuar lutando! Os desafios são grandes, mas com flexibilidade e dedicação, chegaremos ao outro lado ainda mais fortes.

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